"PARA O LOUVOR DA SUA GLÓRIA!" Efésios 1.3-14

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Tudo o que Deus faz é para o louvor de sua glória na benção, redenção e garantia de nossa eleição em Cristo.

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Grande ideia: Tudo o que Deus faz é para o louvor de sua glória na benção, redenção e garantia de nossa eleição em Cristo.
Estrutura: Somos abençoados por Deus, o Pai (vv. 3-6), redimidos por Deus, o Filho (vv. 7-12) e selados por Deus, o Espírito (vv. 13,14).
Russel Shedd:
A Epístola divide-se basicamente em duas partes: os três primeiros capítulos falam principalmente da doutrina e da história, aquilo que Deus já fez e está fazendo; enquanto que os capítulos 4, 5, 6 nos desafiam a fazer alguma coisas, em decorrência do que Deus faz e já fez. Encabeçando assim a primeira parte da Epístola, nos versículos de 1 a 14 Paulo faz um convite a uma tomada de posição quanto à adoração, numa doxologia: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. Esta sentença introduz o período mais comprido que se conhece na literatura bíblica, porque só termina no fim do versículo 14.

LOUVOR Alegre gratidão e adoração a Deus em celebração da sua bondade e graça. É fundamental para a vida do crente (no AT: Sl 9:1–2; 33:2; 103:1–2; e no NT: Mt 5:16; 11:25; Ef 1:3, 6, 12, 14; Hb 13:15).

Salmo 9.1–2 (NAA)
1 Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração;
contarei todas as tuas maravilhas.
2 Em ti me alegrarei e exultarei;
ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.
Hebreus 13.15 (NAA)
15Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.
Para O Louvor Da Sua Glória Vencedores Por Cristo
E Deus criou o homem sim Para o louvor da sua Glória Mas esse Homem preferiu Não dar louvor a sua Glória Por isso Deus mandou Jesus Pra consertar a sua história Vamos cantar e aprender O que Deus fez pra sua Glória Jesus sofreu pra nos salvar Para o louvor da sua Glória Jesus morreu pra nos salvar Para o louvor da sua Glória Ressuscitou pra nos salvar Para o louvor da sua Glória E vivo está pra receber Nosso louvor pra sua Glória E Deus criou o homem sim Para o louvor da sua Glória Mas esse Homem preferiu Não dar louvor a sua Glória Por isso Deus mandou Jesus Pra consertar a sua história Vamos cantar e aprender O que Deus fez pra sua Glória Jesus sofreu pra nos salvar Para o louvor da sua Glória Jesus morreu pra nos salvar Para o louvor da sua Glória Ressuscitou pra nos salvar Para o louvor da sua Glória E vivo está pra receber Nosso louvor pra sua Glória Ressuscitou pra nos salvar Para o louvor da sua Glória E vivo está pra receber Nosso louvor pra sua Glória E vivo está pra receber Nosso louvor pra sua Glória E vivo está pra receber Nosso louvor pra sua Glória
Alan Renê:
https://coalizaopeloevangelho.org/article/com-quem-voce-canta-no-culto-publico/
Hebreus 2.11–12 (NAA)
11Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. É por isso que Jesus não se envergonha de chamá-los de irmãos, 12dizendo:
“A meus irmãos declararei o teu nome,
no meio da congregação eu te louvarei.”
Jesus está dizendo que se junta ao povo de Deus, no momento do culto, e canta com esse povo em louvor a Deus, o Pai. Você já tinha percebido isso? Já tinha atentado para o fato de que, no culto, quando a igreja está cantando salmos, hinos e cânticos espirituais, o próprio Senhor Jesus Cristo está unido a você e aos seus irmãos, cantando ao Pai? Eu insisto: no culto nós cantamos a respeito de Jesus Cristo, sua pessoa bendita e sua obra salvadora. Nós cantamos para Cristo. Dirigimo-nos a ele, seguindo o exemplo dos cristãos neotestamentários (Filipenses 2.5-11; Colossenses 1.13-23). Não obstante, nós também cantamos com Cristo.
Mais uma vez: no culto público Cristo se faz presente, não apenas como aquele que é objeto da nossa adoração e a respeito de quem cantamos os poderosos feitos. Ele também está presente, um conosco, unido a nós no canto, em adoração ao Pai. E mais: Jesus Cristo é o adorador perfeito. Ele é quem possui todos os méritos. É ele quem torna a nossa falha e imperfeita adoração em uma adoração aceitável a Deus, o Pai.
1: 3-14 Essa passagem descreve o plano de Deus para a salvação em termos de passado (eleição, vv. 3-6a), presente (redenção, vv. 6b-11) e futuro (herança, vv. 12-14). Também pode ser vista como uma ênfase ao Pai (vv. 3-6), ao Filho (vv. 7-12) e ao Espírito (vv. 13-6).
MacArthur, John. Comentário bíblico MacArthur (p. 3578). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.
1. Somos abençoados por Deus, o Pai. (vv. 1-6)
(a) “Bendito” somente é usado em relação a Deus no NT.
Paulo bendiz a Deus, contemplando a extensão da obra do Deus trino de eternidade a eternidade, conduzindo a bom termo à consumação de seu santo propósito.
2Coríntios 1.3 (NAA)
Ação de graças
3Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!
Efésios 1.3 (NAA)
As bênçãos espirituais em Cristo
3Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.
1Pedro 1.3 (NAA)
Uma viva esperança
3Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
(b) Há menção aqui ao conceito exclusivamente cristão da Paternidade de Deus (“Pai”, 8 vezes).
Efésios 1.2 (NAA)
2Que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês.
Efésios 6.23 (NAA)
Bênção
23Paz seja com os irmãos e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.
J. Jeremias:
Jesus dirigia-se a Deus como uma criancinha a seu pai, com a mesma simplicidade intima o mesmo abandono confiante (...). Jesus considerava este modo infantil de falar como a expressão do conhecimento único de Deus que o Pai lhe dava, e de seus plenos poderes de Filho.”
(c) E o Pai nos “abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo”.
Curtis Vaughan:
A expressão “regiões celestes” não se refere a uma localização física, mas a uma esfera de realidade espiritual à qual o crente foi elevado em Cristo, o que quer dizer se tratar não do céu futuro, mas do céu que existe no cristão e em torno dele no presente.
Efésios 1.20 (NAA)
20Ele exerceu esse poder em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nas regiões celestiais,
Efésios 2.6 (NAA)
6e juntamente com ele nos ressuscitou e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus.
(d) Deveríamos aprender a reconhecer as coisas espirituais e celestiais como as coisas principais, as bênçãos espirituais e celestiais como as melhores bênçãos. (Mattew Henry)
(e) A doutrina da eleição nos encoraja ao louvor sincero e apaixonado pelos propósitos eternos de Deus em relação à sua igreja!

A doutrina da eleição, como toda verdade acerca de Deus, envolve mistério e, algumas vezes, incita à controvérsia. Mas na Escritura é uma doutrina pastoral, incluída ali para ajudar os cristãos a verem quão grande é a graça que os salva, conduzindo-os à humildade, confiança, alegria, louvor, fidelidade e santidade como resposta. É o segredo de família dos filhos de Deus. Não sabemos quem mais ele escolheu entre aqueles que ainda não creem, nem tampouco a razão por que nos escolheu em particular. O que de fato sabemos é que, primeiro, se não tivéssemos sido escolhidos para a vida, não seríamos crentes agora (pois somente o eleito é trazido à fé), e, em segundo lugar, que, como crentes eleitos, podemos confiar que Deus completará em nós a boa obra que ele começou (1Co 1.8, 9; Fp 1.6; 1Ts 5.23, 24; 2Tm 1.12; 4.18). Assim, o conhecimento da eleição por parte de uma pessoa traz conforto e alegria.

O apóstolo usa a segurança da predestinação para fortalecer a igreja na sua luta contra o mal e o desânimo. Essa perspectiva não responde a todas as nossas perguntas lógicas a respeito da predestinação; no entanto, o entendimento do propósito de Paulo nos ajuda a contextualizar corretamente a nossa apresentação dessa preciosa doutrina quando falamos com outros. A predestinação nunca foi intencionada para servir de um bastão doutrinário, usado para obrigar as pessoas a reconhecer a soberania de Deus. Em vez disso, a mensagem de que o amor divino precede as nossas realizações e vai além dos nossos erros tem por objetivo nos dar uma profunda sensação de confiança e segurança no amor de Deus, de modo que não nos desesperemos em situações de grande dificuldade, sofrimento e vergonha.
Chapell, Bryan (2021-11-29T22:58:59.000). Estudos bíblicos expositivos em Efésios . Editora Cultura Cristã. Edição do Kindle.
(f) Em Cristo, nosso destino está selado de antemão como filhos que somos, adotados de acordo com a boa vontade de nosso Pai.
O filho natural tem relação de direito para com os seus pais biológicos, já o filho adotado tem vínculos estabelecidos puramente pela Graça!
Um filho natural pode vir quando os pais não esperam ou até mesmo quando não querem ou ainda não se sentem preparados. Mas a adoção é um ato consciente, deliberado e resoluto de amor. É uma escolha voluntária. Francis Foulkes tem razão quando afirma que um filho adotado deve sua posição à graça, e não ao direito.
(g) E o que temos e somos, temos e somos de acordo com o que alcançamos “gratuitamente no Amado”.
Russel Shedd:
É uma transferência de posição, deste mundo para os lugares celestiais, de culpabilidade para a condição de sermos irrepreensíveis, e da escravatura para a filiação.
2. Somos redimidos por Deus, o Filho. (vv. 7-12)
(a) Entendendo ainda melhor a ideia da “redenção”.
A redenção era uma prática jurídica greco-romana por meio da qual alguns escravos ganhavam a liberdade mediante o pagamento de certo valor como resgate. Semelhantemente, o resgate necessário para libertação dos pecadores da pena de morte pela desobediência à Palavra de Deus, e sua consequente sucessão de pecados (Gn 3; Gl 3.13), era o improvável e alto custo do derramamento do sangue de um humano sem pecado.
Gálatas 3:13
13 - Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
(b) Fomos alvos do perdão celestial (“a remissão dos pecados”).
Hernandes Dias Lopes:
O verbo "perdoar", quer dizer "levar embora". Cristo morreu para levar nossos pecados embora a fim de que nunca mais sejam vistos. Não há qualquer acusação registrada contra nós, pois nossos pecados foram levados embora.
(c) Tudo gravita em torno das “riquezas da sua graça”.
Para entendermos este assunto devemos conhecer o sentido da palavra redenção, que significa comprar outra vez. Cristo pagou o preço de nossa redenção. Visto que Ele foi o preço dessa redenção, fomos libertados para Deus (Mt 20.28). O homem não pode redimir-se por outro meio que não seja a obra expiatória de Cristo. Ser redimido é a necessidade básica que o pecador tem da graça de Deus.
Mateus 20.28 (NAA)
28tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
(d) Tudo o que somos em Cristo, decorre daquilo que Cristo fez por nós em “obediência ativa e passiva” na Cruz:
O acesso às riquezas da graça de Deus é precedido pela remissão dos pecados, que deve ter ação constante contra os pecados involuntários que cometemos, pois se a pena do pecado foi apagada na cruz, temos agora de vigiar contra o poder do pecado que procura impedir nossa comunhão verdadeira com Deus.
(e) Em toda “sabedoria e prudência”:
O sentido dessa expressão indica o pleno conhecimento que todo crente deve ter de si mesmo, de sua salvação, de seu estado moral e de suas relações com Cristo. A forma de vida que adotamos como crentes é que determina a disposição de Deus para que abundemos nas “riquezas da sua graça”.
(f) Esse é o mistério revelado:
Colossenses 1:26-27
26 - O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos;
27 - Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;
(g) O Senhor Jesus está nos conduzindo a “essa dispensação da plenitude dos tempos”:
No grego, a palavra “dispensação” é oikonomia e dela deriva a palavra “economia”. No uso bíblico, dispensação é a administração divina sobre todas as coisas criadas. O sentido literal é a administração dos assuntos de uma casa.
(h) Essa convergência de todas as coisas em Cristo, equivale ao seu propósito de preencher todos os espaços desse universo com os seus valores eternos.
O sentido da palavra “reunir” é recapitular, ou somar em um, ou unir sob uma cabeça. E o que Deus fará! Um dia Deus juntará em Cristo todos os remidos pelo seu sangue. A redenção efetuada por Cristo inclui o céu e a terra, quando Ele restabelecerá tudo para uma nova vida, um novo reino espiritual e eterno, em que os ímpios e os demônios serão lançados fora da presença de Deus para sempre (Ap 21.8).
Apocalipse 21.8 (NAA)
8Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos imorais, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que está queimando com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.
(i) “Fomos feitos herança”, está na voz passiva, o que implica em algo que é feito em nós e por nós, independente de nós!
O direito à herança é alcançado, não por mera casualidade nem por méritos humanos, mas pela graça de Deus, pelo cumprimento do seu propósito, tornando-nos aptos para receber esta gloriosa bênção — "feitos herança" — do Senhor. No Antigo Testamento o povo de Israel era a herança de Deus, mas perdeu esse direito por sua incredulidade. Em seu lugar, isto é, em Cristo, fomos feitos herança sua.
(j) Atente para os dois níveis de compreensão da vida cristã: posicional e prático!
William Macdonald:
A sua posição é perfeita, porém a sua prática é imperfeita. A vontade de Deus é que a prática do crente corresponda cada vez mais à sua posição.
3. Somos selados por Deus, o Espírito. (vv. 13,14)
(a) A “palavra da verdade” é o Evangelho do Senhor Jesus.
Herminstein Maia Pereira da Costa:
O evangelho, como palavra da verdade, modifica a nossa vida neste estado de existência e, também, tem implicações escatológicas. Pelo evangelho ouvido e crido, temos a certeza da nossa salvação; é o Espírito Santo quem nos garante isso. Algo maravilhoso para nós é saber que temos um Deus que cuida de nós, que se compromete com a salvação de seu povo, garantindo e concedendo-nos esta certeza.
(b) O selo fala de uma transação comercial consumada.
Até hoje, quando documentos legais importantes são tramitados, recebem um selo oficial para indicar a conclusão da transação. Jesus consumou sua obra de redenção na cruz.
(c) O selo fala de um direito de posse.
Francis Foulkes diz que, no mundo antigo, o selo representava o símbolo pessoal do proprietário ou do remetente de alguma coisa importante, e, por isso, tal como numa carta, distinguia o que era verdadeiro do que era espúrio. Era também a garantia de que o objeto selado havia sido transportado intato.
(d) O selo é uma marca de possessão e de autenticidade.
John Stott:
O gado e até mesmo os escravos eram marcados com um selo por seus donos a fim de indicar a quem pertenciam. Mas tais selos eram externos, ao passo que o de Deus está no coração. Deus põe seu Espírito no interior de seu povo a fim de marcá-lo como sua propriedade.
(e) O selo fala de segurança e proteção.
O selo romano sobre a tumba de Jesus era a garantia de que ele não seria violado (Mateus 27.62-66). Assim o crente pertence a Deus. O Espírito foi-nos dado para estar para sempre conosco. Ele jamais nos deixará.
(f) O selo fala de autenticidade.
O selo, bem como a assinatura do dono, atesta a genuinidade do documento. O apóstolo Paulo diz: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo”. (Romanos 8.9)
(g) Ainda, o selo do Espírito é a certeza de nossa vitória na batalha espiritual.
Herminstein Maia Pereira da Costa:
O Espírito que hoje é a garantia de que Satanás não tem mais o domínio sobre nós, é, ao mesmo tempo, o sinal da nossa total libertação futurada influência conducente de Satanás, do pecado e da carne. “A nossa redenção ainda não se completou, mas está assegurada”.
(i) O Espírito Santo é o ἀρραβὼν τῆς κληρονομίας ἡμῶν.
William Barclay diz que, no grego clássico, “arrabon” significava o sinal em dinheiro que um comerciante tinha de depositar com antecedência ao fechar um contrato, dinheiro que perderia caso a operação não se consumasse.
(j) Em linhas gerais:
O Espírito Santo não é somente o “sinal de entrada”, pago de forma adiantada, e que confirma a legitimidade de propriedade por parte daquele que nos comprou e, portanto, selou (marcou), mas representa a própria garantia da qualidade de vida que teremos plenamente no céu e que podemos experimentar durante nossa caminhada cristã na Terra (Ef. 4.30; 2Co 1.22; 5.5; Fp 1.6). (King James)
II Coríntios 1:21-22
21 - Mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu, é Deus,
22 - O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações.
(k) Por isso:
“Em Cristo” eu sou: abençoado (v.3), escolhido (v.4), predestinado (v.5), adotado (v.5), aceito (v.6), redimido (v.7), perdoado (v.7), esclarecido (vv.8,9), herdeiro (v.11), selado (v.13) e seguro (v.14)
4. Outras aplicações:
(a) A igreja é o povo mais rico da terra, porque não depende das oscilações dos mercados de valores deste mundo, pois sua gênese é celestial!
O conceito de uma igreja que não é refém das questiúnculas de nosso tempo deve animar o nosso coração!
Spurgeon, pregando sobre este ponto, exulta: "Quão doce é crer que nossos nomes estavam no coração do Senhor e gravados nas mãos de Jesus muito antes que o mundo existisse! Não seria este motivo suficiente para fazer-nos transbordar de gozo e encher-nos de alegria?".
(b) Temos de compreender a vida do cristão a partir de vislumbres da eternidade.
William Macdonald:
Quando alguém é convertido, Deus não mais o considera um filho condenado de Adão. Antes, o vê como estando em Cristo e o aceita com base nisso. Quando está em Cristo, ele comparece perante Deus revestido da dignidade do próprio Cristo e desfrutará do favor de Deus e da sua aceitação enquanto Cristo desfrutar disso, ou seja, para todo o sempre.
No dia em que somos salvos, o Espírito Santo começa a revelar-nos algumas das riquezas que serão nossas em Cristo. Ajuda-nos a antever a glória vindoura. Porém, como poderemos ter a certeza de que um dia receberemos a herança toda? O próprio Espírito Santo é o nosso penhor ou garantia.
Ilustr.:
George Müller construiu cinco grandes orfanatos e cuidou de 10.024 órfãos durante sua vida. Quando ele começou em 1834, havia acomodações para 3.600 órfãos em toda a Inglaterra, e o dobro de crianças com menos de oito anos estavam na prisão. Um dos grandes efeitos do ministério de Müller foi inspirar os outros para que, de acordo com o biógrafo A.T. Pierson, “cinquenta anos depois que Müller começou seu trabalho, pelo menos cem mil órfãos eram atendidos somente na Inglaterra” (George Müller de Bristol, 274).
Ele orou por milhões de dólares (na moeda atual) para os órfãos e nunca pediu dinheiro diretamente a ninguém. Ele nunca recebeu um salário nos últimos sessenta e oito anos de seu ministério, mas confiou em Deus para colocar no coração das pessoas que lhe enviassem o que ele precisava. Ele nunca pegou um empréstimo ou se endividou. E nem ele nem os órfãos passaram fome.
“A despensa está quase vazia” – informou uma funcionária. “É preciso lembrar-lhe que já venceu o prazo para o pagamento do aluguel?” “O Senhor proverá”, disse George Muller animadamente. “Ele prometeu suprir todas as nossas necessidades. Não vai falhar agora”. Naquele momento, ele tinha apenas 27 centavos para alimentar várias centenas de crianças do orfanato.
Então chegou uma carta. George abriu-a e leu o seguinte: “Porventura estariam vocês com alguma necessidade urgente de dinheiro? Sei que decidiram pedir somente a Deus que lhes suprisse as necessidades. Mas haveria algum problema em informar de quanto dinheiro estão precisando?”.
George Muller balançou a cabeça e passou a escrever o seguinte bilhete:
“Nada mencionarei sobre os nossos recursos.O principal objeto de meu trabalho é mostrar que Deus é real e que cumprirá Suas promessas. Até o momento não contamos a ninguém sobre nossas necessidades e não o faremos.”
Tendo despachado a carta, George Muller caiu sobre os joelhos em seu escritório. “Senhor, estamos em situação desesperadora. Temos apenas 27 centavos. Por favor, dirijas este homem para que nos envie dinheiro”.
Ao receber a carta de George Muller, referido homem, sentiu-se impressionado a enviar cem libras de uma só vez. Quando o dinheiro chegou, não havia um único centavo na instituição de Muller para comprar alimento para a refeição seguinte.
Certa vez um amigo perguntou a George: “O que você faria, caso Deus não enviasse ajuda no momento certo?” “Certamente isso jamais aconteceria”, respondeu George “Deus prometeu suprir todas as nossas necessidades. Deus não mente. É completamente confiável”.
George Muller cuidou de mais de 10.000 órfãos durantes os 63 anos em que decidiu confiar inteiramente em Deus para o atendimento das necessidades. Nem uma única vez deixou Deus de cumprir Sua promessa.
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